André Cardoso é a mais recente aquisição da Equipa Profissional de Ciclismo EFAPEL para a presente época de 2021. Um nome sobejamente conhecido, quer no pelotão luso como internacionalmente, ao ter corrido no World Tour nos últimos anos da sua carreira. Chega para reforçar o bloco de trepadores da formação de Águeda e trazer a experiência que adquiriu ao ter trabalhado com grandes líderes e participado em importantes competições mundiais.
André Fernando dos Santos Martins Cardoso, 36 anos (03/09/1984) é natural de Gondomar. É na montanha que se sente mais capaz porque identifica-se com o terreno acidentado. Após uma paragem de quatro anos regressa agora com ambição renovada ao pelotão nacional através da EFAPEL e tudo fará para continuar merecedor da confiança do diretor desportivo, Rúben Pereira, que o vê como uma aposta forte para os desafios que ainda estão por vir.
Quando o projeto da EFAPEL nasceu, em Gondomar, André Cardoso correu nas suas camadas jovens como Júnior e Sub-23, escalão onde venceu a Volta a Portugal do Futuro e a Volta à Madeira, em 2005, já no São João de Ver. Destes resultados subiu a profissional e em 2011 foi 2.º classificado na Volta a Portugal, ano em que venceu também a etapa da Torre. Estava no Tavira. Foi o ano de 2012 que o lançou além-fronteiras, ao assinar duas épocas pela Caja Rural e daqui deu o salto, em 2014, para o Word Tour.
Passou pela Garmin-Sharp e pela Cannondale-Garmin, que deram origem à atual Education First Pro Cycling, seguindo-se a Trek-Segafredo em 2017. Através da Seleção Nacional foi sempre convocado para os Mundiais, sendo 15.º na Austrália e ainda representou Portugal duas vezes nos Jogos Olímpicos, em 2008 na China e no Brasil em 2016.
“Estive ausente durante quatro anos e voltar a colocar um dorsal é das coisas que mais desejo. Sendo com a EFAPEL é ouro sobre azul, porque trata-se de uma equipa que está num excelente nível e que tem uma forma de correr com a qual me identifico, aguerrida, sempre na luta”, explicou André Cardoso. O trepador considera ser uma peça importante na estrutura, por poder contribuir para formar grandes líderes, transmitindo os valores que adquiriu. Para os colegas “mais jovens e que ambicionem chegar ao World Tour poderei ser também uma ajuda”, adiantou.
Por todo o percurso desportivo na modalidade e o reconhecimento que lhe é atribuído, André Cardoso admite que não seria a idade a impedi-lo de voltar: “Faz todo o sentido regressar. Ainda me sinto muito capaz e jovem dentro de uma equipa de ciclismo, sinto-me com capacidade de estar junto dos melhores e posso ser uma mais-valia em todos os sentidos pela minha experiência”, rematou.