Gonçalo Tavares (Bairrada) venceu hoje a primeira etapa da Volta a Portugal de Juniores, uma viagem de 92,6 quilómetros, com partida e chegada em Almeida.
O calor tórrido das Beiras não atemorizou o pelotão, que percorreu 45 quilómetros na primeira hora de corrida, muito por responsabilidade das múltiplas tentativas de fuga de quem queria protagonismo.
As definições começaram por altura da meta volante, em Vilar Formoso, com 32,9 quilómetros percorridos. Foi a seguir a essa meta intermédia que Gonçalo Tavares atacou na companhia de Kavah David (Mundimat/SGR Ambiente/CCA Paio Pires) e Alejandro Merenciano (InfinObras/Zafiro Team).
O trio manteve-se unido até à montanha de Porto de Ovelha, onde, a mais de 35 quilómetros da meta, Gonçalo Tavares disparou para uma cavalgada em solitário que só terminaria na meta.
Com Gonçalo Tavares impávido na frente da corrida, fazendo um longo contrarrelógio numa etapa em linha, sucederam-se as movimentações atrás. Os corredores que atacaram com o corredor de Proença-a-Nova foram alcançados, mas do pelotão foram saindo outros corredores.
Já nos últimos dez quilómetros, António Morgado (Bairrada) e Tiago Nunes (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel) consolidaram-se como perseguidores mais próximos de Gonçalo Tavares, mas, a três quilómetros da meta, que coincidia com um prémio de montanha de terceira categoria, Morgado deixou o companheiro de ocasião e pedalou para o segundo lugar.
Gonçalo Tavares cortou a meta com 2h14m15s, António Morgado chegaria 41 segundos mais tarde. Do pelotão disparou outro ciclista da formação bairradina, Daniel Lima, que seria o terceiro classificado, a 1m29s. Não havendo bonificações, a geral individual é uma réplica da classificação da etapa.
Gonçalo Tavares acumula a geral individual com as classificações dos pontos e da montanha. A Bairrada comanda por equipas. A única classificação que lhes escapa é a de júnior de primeiro ano, que está em posse de Pablo Lospitao (ElectroMercantil/Gr100).
“Partimos para a etapa sem um plano concreto. Queríamos controlar a corrida e ganhar. A ideia era manter a corrida controlada, pelo menos até à montanha. Mas na meta volante vi que o pelotão esticou muito. Eu estava bem colocado e ataquei com outros dois ciclistas. Na subida pus o meu passo e consegui vir até à meta”, descreve Gonçalo Tavares.
“O mais importante vai ser manter a camisola na equipa. Viemos cá para a geral, mas se conseguirmos também manter a da montanha e a dos pontos comigo ou com os meus colegas é bom. Mas o fundamental é manter a camisola amarela, comigo ou com os meus colegas”, afirma o primeiro classificado da geral.
A segunda etapa, nesta sexta-feira, corre-se no concelho de Celorico da Beira, em dois setores. Às 10h30 o pelotão parte do Mercado Municipal para completar um trajeto de 57,6 quilómetros, com final previsto para as 12h00, no mesmo local da partida. À tarde disputa-se um contrarrelógio individual de 10,8 quilómetros, entre Lajeosa do Mondego e o Mercado de Celorico da Beira. O primeiro ciclista parte às 16h00.