Ministério Público arquiva inquérito do processo “Prova Limpa” a ciclista Francisco Campos

Corredor que representava a Equipa Efapel Cycling foi constituído arguido após operação policial relacionada com posse e uso de substâncias proibidas no caso “Prova Limpa”, mas a investigação não confirmou o envolvimento do atleta de 25 anos.

O Ministério Público (MP) decidiu arquivar o processo de inquérito ao ciclista Francisco Campos, de 25 anos, que no ano passado, quando corria pela equipa Efapel, foi constituído arguido pela alegada posse de substâncias ilícitas.

O corredor sempre reclamou a sua inocência, garantindo que na busca feita pela Polícia Judiciária à sua residência “nunca foi encontrada qualquer tipo de substância ilícita”, vincando que “”o único achado foi material médico selado pertencente à família”.

Após investigação, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto informou o atleta do arquivamento do inquérito e da devolução dos telemóveis que tinham sido apreendidos ao ciclista.

Francisco Campos, que ao contrário de outros colegas de profissão não foi suspenso pela AdoP (Autoridade Antidopagem de Portugal), deixa também de ser arguido no caso, e pode retomar com toda a normalidade a sua carreira.

“Quero conseguir uma equipa e voltar a competir. Ainda não tenho nada concreto mas estou disponível e motivado para continuar a carreira”.

Francisco Campos revelou que desde o início do processo “ansiava que a verdade viesse ao de cima”, recebendo a notícia do arquivamento do processo “com muita satisfação”.

“Sempre lutei para provar que não tinha nem usei nada que me pudesse deixar suspenso ou algo do género, como agora se confirmou. Só quero agora seguir o meu percurso”, disse o ciclista.

Na sequência deste processo, Francisco Campos viu a equipa Efapel rescindir o seu contrato, dias antes do arranque da Volta a Portugal de 2022, não escondendo o seu “ressentimento com o sucedido”.

“O meu nome foi atirado pela equipa para a Comunicação Social sem os factos terem sido inteirados. Pela forma como aconteceu, sem sequer me ouvirem, deixa-me ressentido. Mas agora só quero seguir em frente”, conclui o corredor.

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