Foi nos metros finais que Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA) atacou para a sua segunda vitória na Clássica da Arrábida, repetindo assim o feito do ano passado. Alex Jaime (Equipo Kern Pharma) foi segundo e Francisco Campos (Fonte Nova/Felgueiras) fechou o pódio em terceiro.
O pelotão partiu de Palmela em direção a Sesimbra, com 182 quilómetros pela frente nesta edição de 2023 da Clássica da Arrábida. As primeiras movimentações surgiram logo nos quilómetros iniciais, o que levou a que a fuga do dia rapidamente se estabelecesse, ao quilómetro 18. Este grupo, composto por três ciclistas, entre eles Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense), Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) e Diogo Gonçalves (Santa Maria da Feira/Segmento D’Época/Reol) chegou a ter cerca de três minutos de vantagem para o pelotão.
No grupo principal, quem assumiu a perseguição ao longo de toda a prova foi a formação da Caja Rural-Seguros RGA, que acabaria por conseguir anular a fuga quando faltavam ainda cerca de 70 quilómetros para o final da corrida, altura em que se iniciava a subida para o segundo prémio de montanha do dia, no Alto de São Paulo.
Após a contagem de montanha, apesar de o pelotão seguir compacto, os ataques iam-se sucedendo, com várias equipas a tentarem lançar corredores para a frente da corrida. Numa dessas iniciativas, foram seis os corredores a tentar ganhar vantagem, entre eles Gonçalo Leaça (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Emanuel Duarte (Efapel Cycling), Sergio García (Glassdrive-Q8-Anicolor), Hélder Gonçalves (Kelly-Simoldes-UDO), António Barbio (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) e Dean Harvey (Trinity Racing).
A equipa Caja Rural-Seguros RGA continuava a mostrar que queria estar na discussão da vitória, comandando a perseguição aos seis fugitivos. Não tardou a que cinco deles fossem alcançados, restando na frente apenas Hélder Gonçalves. Entretanto, no pelotão atacava Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), juntando-se pouco depois ao corredor que seguia isolado na frente da corrida.
A 20 quilómetros do final o pelotão estava novamente compacto, e assim permaneceu até faltarem 12 quilómetros para a meta. Nesta altura saíram quatro corredores do pelotão, agora sim com a equipa Caja Rural-Seguros RGA a conseguir colocar um dos seus homens entre os fugitivos que, rapidamente, passaram a ser apenas dois, Jon Barrenetxea (Caja Rural-Seguros RGA) e Giovanni Carboni (Equipo Kern Pharma). Os dois nunca chegaram a ganhar uma vantagem significativa, o que permitiu que, já nos metros finais, Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA) lançasse o derradeiro ataque. Essa iniciativa garantiu-lhe a vitória no dia de hoje, na Clássica da Arrábida, repetindo assim o feito alcançado no ano passado.
“Sabíamos que podíamos fazer uma grande etapa. Na parte final a equipa fez um trabalho perfeito e eu acredito que quando se trabalha em conjunto conseguimos alcançar os nossos objetivos. O meu colega de equipa, Jon Barrenetxea, seguiu numa fuga, e nos últimos 500 metros o grupo onde eu seguia já estava muito perto de os alcançar. Senti-me bem e decidi lançar o ataque de longe. Queríamos tentar a vitória no dia de hoje e conseguimos. Estou muito contente”, revelou Orluis Aular.
Logo a seguir, na segunda posição, com o mesmo tempo do vencedor, chegou Alex Jaime (Equipo Kern Pharma). Francisco Campos (Fonte Nova/Felgueiras) fechou o pódio em terceiro, cortando a meta a oito segundos de Orluis Aular. Quanto às restantes classificações, Diogo Narciso conquistou a classificação da montanha e Oliver Rees (Trinity Racing) venceu a juventude. Já a Equipo Kern Pharma foi a vencedora da classificação geral por equipas.