Um pelotão de 17 equipas vai participar, entre 24 de julho e 4 de agosto, na edição de 2024 da Volta a Portugal Continente, apresentada em Viseu. Será uma das edições mais exigentes da corrida nos últimos anos e aquela que tem mais quilómetros de contrarrelógio individual desde 2016. Serão 32,2 quilómetros de esforço individual num total 1540,1 quilómetros de corrida.
A distribuição das etapas obriga os candidatos à vitória final a entrarem no topo da forma e a permanecerem nesse estado de graça até à última pedalada. Tudo porque ao quarto dia já terão disputado o prólogo e as duas chegadas em alto mais difíceis, mas também porque as duas derradeiras etapas serão a chegada à Senhora da Graça e o contrarrelógio de Viseu.
A prova arranca com um prólogo de 5600 metros, a disputar em sistema de contrarrelógio individual, em Águeda, na tarde de 24 de julho. É uma distância suficiente para cavar as primeiras diferenças, mas maiores serão as distâncias provocadas pela primeira etapa em linha, no dia seguinte.
Será uma ligação de 158,2 quilómetros, entre o Velódromo Nacional, em Sangalhos, Anadia, e o Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo. A meta coincide com um prémio de montanha de primeira categoria, uma dura subida de 9,9 quilómetros com inclinação média de 8,3 por cento. Será antecedida por uma montanha de segunda categoria, no Senhor da Serra, 14,7 quilómetros antes do início da escalada final.
A segunda etapa prevê-se a primeira oportunidade para sprinters. É uma viagem de 164,5 quilómetros, que começa em Santarém e termina em Marvila, na cidade de Lisboa, no regresso de uma etapa em linha à capital, nove anos após a anterior e naquela que será a localização mais a sul da edição de 2024.
O protagonismo dos velocistas será sol de pouca dura. A terceira etapa começa no Crato, estende-se por 161,2 quilómetros e termina no alto da Torre, serra da Estrela. Três contagens de montanha de terceira categoria pontuam o percurso, mas será a subida da Covilhã para a Torre, 20,2 quilómetros, com passagem pelas Penhas da Saúde, a definir o vencedor do dia e a marcar de forma clara a classificação geral, numa chegada coincidente com um prémio de montanha de categoria especial.
No dia seguinte, véspera da jornada de descanso, o pelotão irá enfrentar um carrossel de média montanha, ao longo dos 164,5 quilómetros que separam Sabugal da Guarda. Uma subida de segunda categoria e quatro de terceira (duas destas na meta, na primeira e segunda passagens) vão tornar a vida dos corredores muito dura.
Após o dia de descanso, o pelotão parte de Penedono para chegar a Bragança, depois de percorridos 176,8 quilómetros, naquela que, à quinta etapa, poderá ser a segunda oportunidade para os homens rápidos.
A sexta etapa, ainda em Trás-os-Montes, terá um perfil diferente. Parte de Bragança, prolonga-se por 169,1 quilómetros, e termina em Boticas. Quatro prémios de montanha de terceira categoria servem de aperitivo para a primeira categoria colocada em Torneiros (4,7 quilómetros a 8,8 por cento), apenas a 17 quilómetros da chegada.
A sétima etapa acrescentará 160,4 quilómetros às contas do pelotão, unindo Felgueiras a Paredes, no que poderia ser uma jornada para sprinters, não houvesse as subidas da Vandoma e de Baltar nos últimos 30 quilómetros.
Fafe recebe a chegada da etapa número oito, que parte de Viana do Castelo e percorre 182,4 quilómetros, a mais longa da competição. O percurso ondulado tanto pode favorecer fugitivos audazes, como premiar velocistas com capacidade de passar pequenas montanhas.
A penúltima etapa começa na Maia e termina em Mondim de Basto, no alto da Senhora da Graça, chegada coincidente com um prémio de montanha de primeira categoria. Os 170,8 quilómetros incluem as subidas da serra do Marão (km 93,1, 1.ª categoria), Velão (km 108,5, 4.ª categoria) e Barreiro (km 129,7, 1.ª categoria), antes da ascensão ao Monte Farinha, onde termina a etapa.
As contas apenas fecham na décima e última etapa, o maior contrarrelógio da Volta a Portugal desde 2016. São 26,6 quilómetros, com início e final na cidade de Viseu, que irá coroar o sucessor do suíço Colin Stüssi.
Etapas
Prólogo: Águeda – Águeda, 5,6 km (CRI)
1.ª Etapa: Sangalhos – Observatório de Vila Nova , 158,2 km
2.ª Etapa: Santarém – Lisboa, 164,5 km
3.ª Etapa: Crato – Torre, 161,2 km
4.ª Etapa: Sabugal – Guarda, 164,5 km
Descanso
5.ª Etapa: Penedono – Bragança, 176,8 km
6.ª Etapa: Bragança – Boticas, 169,1 km
7.ª Etapa: Felgueiras – Paredes, 160,4 km
8.ª Etapa: Viana do Castelo – Fafe, 182,4 km
9.ª Etapa: Maia – Senhora da Graça, 170,8 km
10.ª Etapa: Viseu – Viseu, 26,6 km (CRI)
Equipas Anunciadas
ProTeams
Burgos-BH (ESP)
Caja Rural-Seguros RGA (ESP)
Equipo Kern Pharma (ESP)
Euskaltel-Euskadi (ESP)
Continentais
ABTF Betão-Feirense
AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense (POR)
Aviludo-Louletano-Loulé Concelho (POR)
Credibom-LA Alumínios-Marcos Car (POR)
Efapel Cycling (POR)
Gi Group Holding-Simoldes-UDO (POR)
Parkhotel Valkenburg (NED)
Petrolike (MEX)
Project Echelon Racing (USA)
Rádio Popular-Paredes-Boavista (POR)
Sabgal-Anicolor (POR)
Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua (POR)
Team Vorarlberg (AUT)