Gabriel Rojas vence a terceira etapa da Volta a Portugal do Futuro e fica a líder

Ao terceiro dia de competição, a Serra de São Macário, em São Pedro do Sul, revelou um novo comandante da prova que serve de rampa de lançamento para os futuros campeões do ciclismo.

O vencedor e novo Camisola Amarela Sociedade Ponto Verde, Gabriel Rojas (Essax) veio da Costa Rica. Foi o mais forte na subida de primeira categoria que criou muitas dificuldades e selecionou os candidatos à vitória final.

Foto: Volta a Portugal

As diferenças na geral são curtas e é de esperar luta até Castelo Branco onde será consagrado este domingo o vencedor. Hélder Gonçalves (Kelly/Simoldes/UDO) é agora o melhor português, na segunda posição, a 11 segundos, enquanto o espanhol David Delgado (Bicicletas Rodríguez Extremadura) subiu ao terceiro lugar, a 13 segundos.

Foto: Volta a Portugal

Estou muito contente por ter ganho uma etapa muito dura, com este final duríssimo. A três / quatro quilómetros estavam poucos corredores, houve ataques constantes e muitas mudanças de ritmo. Disputei o final com tudo o que tinha. A equipa esteve sempre comigo para que eu chegasse o melhor possível aos últimos quilómetros“, salientou o vencedor do dia.

Para o último dia de corrida afirma que vai estar alerta para garantir que a liderança não lhe foge. “Há que estar atento, com as fugas e ir com tudo. Até que passe a meta, nada está garantido.”

Decisões na subida final

A terceira etapa, curta, mas difícil, começou em Ovar (Cortegaça), com céu cinzento, mas a ameaça de chuva não se concretizou ao longo dos quase 123 quilómetros. Numa tirada em que as tentativas de fuga foram sucessivamente anuladas, os Prémio de Montanha, duas terceiras categorias em Sever do Vouga (60,8 quilómetros) e em Arcozelo das Maias (75,6) fizeram as primeiras seleções de valores. O anterior líder, Francisco Pereira (ABTF Betão-Feirense) foi um dos corredores que acabaria por perder contacto com a frente da corrida. Já na véspera avisara que não era uma etapa para as suas características. A L.A. Alumínios-Credibom-Marcos Car, com sete ciclistas em prova, tornou-se protagonista para garantir que não houvesse escapados na aproximação à subida final de nove quilómetros, em São Macário. João Medeiros, então em posição de pódio, era a aposta e foi um dos que integrou o grupo que nos primeiros metros da ascensão final se isolou.

Pedro Silva (Glassdrive/Q8/Anicolor), Hélder Gonçalves (Kelly/Simoldes/UDO), Jeison Rujano e Sergio Ghumil (Aluminios Cortizo), Gabriel Rojas (Essax), David Delgado e Juan Antonio Velazquez (Bicicletas Rodríguez Extremadura) foram os restantes corredores a ganharem vantagem.

Porém, à medida que os metros – que custavam a percorrer – iam passando, o grupo foi partindo. Pedro Silva, vencedor da primeira etapa foi dos primeiros a ceder. Rojas e Ghumil atacaram para entrar no último quilómetro na frente. O ciclista da formação espanhola Essax seria o mais forte e cortou a meta com nove segundos de vantagem sobre Ghumil. Seguiram-se Gonçalves e Delgado, a 15. Além de ficar Amarelo, Rojas assumiu ainda a liderança da montanha, acumulando a Camisola Azul PSG, enquanto Pedro Silva recuperou a Verde CMTV, dos pontos. Na juventude, a Camisola Branca Exclusivagora mudou de dono, com Alexandre Montez a conseguir um prémio para o trabalho na etapa dos Alumínios.


Penhas Douradas e Serra da Gardunha como últimos testes

A quarta e última etapa da 29ª Volta a Portugal do Futuro / 2º Grande Prémio CMTV terá 150,7 quilómetros, com início em Gouveia (12 horas) e chegada em Castelo Branco, cerca das 16 horas. A principal dificuldade irá surgir logo na primeira fase da corrida. A subida às Penhas Douradas na Serra da Estrela, aos 17 quilómetros, será de segunda categoria, depois haverá a ascensão na Serra da Gardunha aos 111,8 quilómetros (terceira categoria).

As metas volantes – não esquecer que estão bonificações em jogo – serão em Belmonte (61,9 quilómetros), Caria (70,1) e Fundão (103).

É tempo de preparar as táticas para decidir o campeão.

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