Maria Martins será a única representante portuguesa na prova de fundo para elite feminina do Campeonato da Europa de Estrada, que vai disputar-se neste domingo em Munique, Alemanha.
Será a estreia entre a elite em Europeus estrada de uma corredora que se tem notabilizado, sobretudo, na pista. No entanto, mesmo na estrada há bons resultados de Maria Martins a registar. Na prova de fundo para sub-23 de 2019, em Alkamaar, Países Baixos, a ribatejana foi quarta classificada, num percurso, que, à semelhança do que será percorrido em Munique, privilegiava as velocistas.
A corrida deste domingo terá 129,8 quilómetros, com partida às 10h30 e chegada prevista para cerca das 15h00. “A corrida divide-se em três partes. A fase inicial é de incerteza, com uma subida logo no arranque. A partir daí há três topos, só um com uma certa dificuldade. Este momento, a cerca de 60 quilómetros do final, exige superação, porque deverá ser propício a ataques das corredoras que não pretendem uma chegada em pelotão compacto”, explica o selecionador nacional de ciclismo feminino, José Luis Algarra.
A terceira fase da corrida é o circuito urbano, que fará a prova terminar à terceira passagem pela linha de meta, no mesmo local que proporcionou um sprint intenso na prova de fundo masculina.
José Luis Algarra acredita que Maria Martins poderá ter uma boa prestação na corrida de domingo. “Acredito numa atuação positiva. A Maria está em boas condições físicas e está a trabalhar com muita eficiência nos treinos que temos desenvolvido em Munique. Estamos a trabalhar para que possa estar na discussão do sprint, no caso de chegar um grupo mais ou menos alargado em condições de decidir a corrida”, afirma José Luis Algarra.
“O mais provável é uma chegada ao sprint, uma vez que há muitas seleções com cartas para jogar numa chegada desse tipo. As seleções com menos possibilidades ao sprint tentarão endurecer a prova, sobretudo nas duas subidas mais ou menos a meio do percurso”, prevê Maria Martins.
A corredora terá duas dificuldades acrescidas: estará sozinha no pelotão e ainda tem algumas sequelas da queda na pista, no início da semana. “Vou defender-me o máximo possível e tentar chegar ao circuito com o mínimo de desgaste. No circuito é tudo uma questão de posicionamento, de economizar o máximo possível as forças que ainda restem e usá-las na última volta, para o sprint. Sinto-me bem e estou motivada para regressar às competições na estrada”, conclui a corredora.