A russa Valeria Valgonen (Massi-Tactic) conquistou hoje a terceira edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis, graças ao triunfo na quarta e última etapa, 84,4 quilómetros, entre Murtosa e Gondomar, disputados quase sempre debaixo de chuva.
As três subidas pontuáveis para o prémio de montanha de jornada foram pautando o desenrolar da etapa. Na primeira, em São João de Ver, ao quilómetro 38,9, fez-se uma primeira seleção, deixando o pelotão da frente reduzido a cerca de 30 corredoras.
Além disso, na descida subsequente, a campeã nacional de fundo e uma das candidatas ao pódio, Cristiana Valente (Glassdrive/Chanceplus/Allegro), sofreu uma queda que a deixou fora da corrida.
Na segunda montanha, ultrapassada a 13,8 quilómetros da meta, destacaram-se três ciclistas: Miryam Nuñez (Massi-Tactic), Ariadna Gutiérrez (Farto-BTC) e Marina Garau (Cantabria Deporte-Rio Miera). Apesar de ter na frente a equatoriana Miryam Nuñez, a Massi-Tactic perseguiu atrás, porque pretendia levar Valeria Valgonen ao triunfo na Volta.
O esforço da equipa espanhola foi bem sucedido e, no acesso à subida para a meta, às três corredoras em frente de corrida juntaram-se Valeria Valgonen, Susana Pérez (Cantabria Deporte-Rio Miera) e Martina Moreno (Farto-BTC).
A luta pela etapa foi a seis, numa reta da meta em subida. Valeria Valgonen mostrou mais pedalada do que as adversárias e cortou a meta diante de Marina Garau e Susana Pérez, segunda e terceira.
Com este desfecho da etapa, Valeria Valgonen selou a conquista da Volta a Portugal Feminina Cofidis com 20 segundos de vantagem sobre a colega de equipa Miryam Nuñez. A terceira, a 40 segundos, foi Marina Garau.
“Estou muito feliz, mas sinto-me morta. Tinha muito más sensações antes da etapa, mas as minhas colegas trabalharam tanto para mim durante a corrida que queria dar-lhes esta vitória. Estou muito feliz por tê-lo conseguido e espero que este triunfo seja importante para a minha carreira”, afirmou a vencedora da corrida e também da Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos.
Ana Caramelo (Matos Mobility/Optiria) foi a melhor portuguesa na classificação geral, fechando a prova na sexta posição, a 1m12s da vencedora. Beatriz Roxo (Cantabria Deporte-Rio Miera) foi a outra portuguesa no top 10, colocando-se no décimo lugar, a 1m28s da primeira. Destaque ainda para a júnior Marta Carvalho (Extremosul/Hotel Alísios/CA Terras do Arade), 14.ª da geral absoluta e vencedora da Camisola Branca Médis, da juventude.
“Esta camisola é muito, muito importante para mim, porque mostra que estou no bom caminho e o trabalho está a dar resultados. Senti-me bem ao longo destes dias, melhor até do que estava à espera antes da Volta”, confessou Marta Carvalho.
Miryam Nuñez, vencedora do prólogo e da terceira etapa, também subiu ao pódio para receber a Camisola Azul IPDJ, símbolo de melhor trepadora da competição. A Massi-Tactic juntou a classificação coletiva à individual.
Valeria Valgonen sucede, no palmarés da Volta a Portugal Feminina, a Raquel Queirós, vencedora em 2021, e a Nathalie Eklund, primeira classificada em 2022.