Mais equipas e corredoras, maior distância, qualidade superior. Este é o resumo da quarta edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis, hoje apresentada em Vila Nova de Gaia, que vai para a estrada de 3 a 7 de julho.
Ao quarto ano, a Volta a Portugal Feminina Cofidis deu um salto de qualidade determinante: a inscrição no calendário UCI. A internacionalização da corrida permitiu atrair mais e melhores equipas, de diferentes geografias.
O pelotão da corrida contará com mais de 120 corredoras, em representação de 19 equipas – sete das quais de categoria continental UCI -, oriundas de oito países diferentes: Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Noruega, Panamá, Portugal e Reino Unido. É um recorde de participação, em número, qualidade e diversidade, com ciclistas provenientes de 27 nações.
Além de todas as equipas portuguesas, será possível ver em ação as corredoras portuguesas que representam equipas internacionais, Beatriz Pereira, Beatriz Roxo e Marta Carvalho (Cantabria Deporte/Rio Miera), Daniela Campos (Eneicat-CMTeam) e Vera Vilaça (DAS-Hutchinson-Brother UK).
A corrida começa em Gaia e termina em Lisboa. A viagem será distribuída por quatro etapas em linha e um contrarrelógio individual, totalizando 442,9 quilómetros. É a maior distância de sempre da Volta a Portugal Feminina, simbolizando o crescendo de exigência, mas também a abrangência territorial do trajeto.
A primeira etapa começa em Canelas, Gaia, às 12h30 de dia 3 de julho, terminando em Águeda, depois de percorridos 96,4 quilómetros, cerca das 15h00. Duas contagens de montanha nos últimos 20 quilómetros e uma chegada em ligeira subida ditarão, por certo, algumas diferenças.
A segunda tirada prevê-se ainda mais dura, até porque a chegada, em Sever do Vouga, coincide com um prémio de montanha de segunda categoria. Será o epílogo de uma viagem de 119,9 quilómetros, que começa na Mealhada e obrigará as ciclistas a cerca de três horas de esforço.
A etapa mais longa é a terceira, 121,9 quilómetros entre Anadia (12h00) e Pombal (15h20). A primeira passagem pela meta, a 10,8 quilómetros do final, contará como meta volante e antecede um prémio de montanha de terceira categoria, a 5500 metros do final, que deverá inviabilizar uma chegada em pelotão compacto, selecionando as mais fortes.
Ao quarto dia o pelotão parte do Museu Joaquim Agostinho, Torres Vedras, às 12h45, vai percorrer 92,5 quilómetros e terminar no concelho de Vila Franca de Xira, município totalista da Volta a Portugal Feminina Cofidis. Desta vez, a chegada não será na sede do concelho, agitado pelas Festas do Colete Encarnado, mas sim na Póvoa de Santa Iria, cerca das 15h30.
Lisboa recebe a quinta e última etapa, jornada de todas as decisões, um contrarrelógio individual de 12,2 quilómetros, totalmente planos, com partida e chegada na Praça do Império, na zona de Belém. O início está previsto para as 14h00.
Percurso
3 julho | 1.ª Etapa: Gaia – Águeda, 96,4 km
4 julho | 2.ª Etapa: Mealhada- Sever do Vouga, 119,9 km
5 julho | 3.ª Etapa: Anadia – Pombal, 121,9 km
6 julho | 4.ª Etapa: Torres Vedras- Póvoa de Santa Iria, 92,5 km
7 julho | 5.ª Etapa: Lisboa – Lisboa, 12,2 km (CRI)
Equipas Participantes
Continentais UCI
Arkéa – B&B Hotels Women (FRA)
Aromitalia 3T Vaiano (ITA)
Cynisca Cycling (USA)
DAS – Hutchinson – Brother UK (ENG)
Eneicat – CMTeam (ESP)
Team Coop – Repsol (NOR)
Soltec Iberoamérica (PAN)
Equipas de Clube
Abadiño Cycling Academy (ESP)
Academia Efapel de Ciclismo (POR)
Cantabria Deporte/Rio Miera (ESP)
Cantanhede Cycling/Vesam (POR)
CCB p/b Levine Law Group (USA)
CDASJ/Cyclin’Team/Município de Albufeira (POR)
Korpo Activo (POR)
Maiatos (POR)
Matos Mobility/Flexaco (POR)
Tavira/Extremosul/SC Farense (POR)
Universitat Politècnica de València (ESP)
Vertentability Cycling Team (POR)
Declarações na cerimónia de apresentação
Delmino Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo:
“Começámos a Volta a Portugal Feminina durante a pandemia, num ato de coragem que teve sinais muito positivos logo na primeira edição. As marcas e os municípios acolheram a nossa intenção de criar um evento que alavancasse o ciclismo feminino português. Este ano demos o salto internacional, acompanhando uma tendência que não podíamos perder. Um salto de coragem para posicionarmos a Volta a Portugal Feminina no calendário internacional e fazermos desta uma grande corrida, que se estende ao nosso território. Vamos ter um grande espetáculo”.
Vítor Pataco, Presidente do IPDJ:
“A Volta a Portugal Feminina foi uma opção acertada por parte da Federação Portuguesa de Ciclismo. No ano passado, disse com alguma convicção que a Volta Feminina ia atingir o nível da masculina em seis anos e esta edição prova que vai lá chegar. O caminho que está a ser trilhado pode levar a que esta seja uma prova estrela no calendário internacional. Voltamos a ter a camisola branca, que simboliza as missões do instituto: a juventude e o desporto”.
José Guilherme Aguiar, Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Gaia:
“Gaia já estava ligada ao ciclismo masculino e agora acreditamos que é altura do feminino. O desporto feminino está a explodir e Gaia tem muito prazer no aumento de atletas femininas. Somos a capital do andebol feminino e do voleibol, também nos destacamos no futebol e no basquetebol, e acreditamos e apoiamos o crescimento do ciclismo feminino. Faço votos para que a 4.ª Volta a Portugal Feminina seja tudo o que desejamos”.
Laurence Facon, Diretora de Transformação Estratégica, Sustentabilidade e Qualidade da Cofidis Portugal
“É com enorme orgulho que somos Naming Sponsor da Volta a Portugal Cofidis pelo 4.º ano consecutivo. A Cofidis tem uma longa história de associação ao ciclismo. A nossa equipa em França celebra este ano 28 anos de existência, complementada por uma equipa feminina e uma equipa de paraciclismo. Esta dedicação reflete o nosso compromisso contínuo com a promoção do desporto e da mobilidade sustentável, assim como com a luta contra a exclusão e a promoção da igualdade, pilares fundamentais para a Cofidis”.
Nuno Pires, Diretor de Patrocínios do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa:
“Já fomos patrocinadores de quase tudo no ciclismo. Não há modalidade para as marcas tão importante como o ciclismo. Apoiamos a Volta a Portugal Feminina com a marca Placard porque sempre lutámos pela igualdade no desporto. Os valores que partilham a Federação, a competição e as nossas marcas estavam numa perfeita simbiose. Desejo às principais intervenientes, as atletas, uma excelente prova em segurança”.