Vidaurre vence a 3ª Etapa, Hans Becking é o novo líder do Brasil Ride

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O chileno Martin Vidaurre (Specialized Factory Racing) venceu nesta terça-feira a 3ª etapa da ultramaratona Brasil Ride, que teve o percurso modificado por causa das chuvas. Vidaurre escapou, foi perseguido por um pelotão de peso, mas manteve a ponta e encerrou a disputa de 68km e 1.660 m de altimetria acumulada com mais de 2min de vantagem, com o tempo de 2h31m41s313ms.

Na perseguição, o brasileiro Gustavo Xavier (Specialized Racing Br) venceu a disputa pelo segundo lugar, por milésimos de segundos (2h33m52s543ms), com o holandês Hans Becking (Buff Megamo Team), que marcou 2h33m53s033ms. Com o resultado, o holandês assumiu a liderança geral.

“Hoje foi muito bom. Houve uma mudança no circuito, algo que a gente não esperava. Na primeira volta eu fui um pouco mais tranquilo, a largada foi forte, mas consegui perseguir. Segui com o Tiago [Ferreira] e na segunda volta contra-ataquei o pelotão, que abriu um gap junto com o Hans Becking”, relatou.

“Vim trabalhando e tentando diminuir um pouco do meu tempo para os atletas líderes. Foi um trabalho bem executado, consegui baixar bastante o meu tempo na etapa de hoje e na segunda colocação geral. Estou muito feliz. A Brasil Ride é sempre assim para mim. Primeiro e segundo dia eu acabo saindo bastante; do terceiro em diante eu começo a encaixar um ritmo bom ali e ter melhores performances”, destacou o brasileiro, que disputa a ultramaratona pela terceira vez.

No feminino, a holandesa Tessa Kortekaas (Cannondale ISB Sport) garantiu sua terceira vitória e a invencibilidade, finalizando com o tempo de 3h02m2s.783ms. A brasileira Karen Olímpio (Soul Cycles Free Force) foi a segunda mais rápida e concluiu em 3h04m15s770ms (diferença de 1m48s987ms). A suíça Irina Luetzelschwab (Team Bulls Swiss) fez o tempo de 03h07m37s203ms e agora tem diferença de pouco mais de 3 minutos na briga pelo título.

Foto: Wladimir Togumi/Brasil Ride

Karen revelou que o dia foi favorável pra ela, sem muita subida. “Demorei para encaixar o ritmo, mas consegui, o que aconteceu no meio da primeira volta. Assumi a segunda colocação e andei bastante tempo sozinha, com vento contra, mas consegui manter o segundo lugar. Estou bem feliz com a colocação”, afirmou.

Com os resultados da etapa, o líder da classificação é agora o holandês Hans Becking, com 9h26m33s830ms, seguido do português Tiago Ferreira, com a diferença de 20s087ms e Martin Vidaurre, que está quase 1 minuto atrás do holandês (57s909ms).

No feminino, a holandesa Tessa continua na liderança; em segundo lugar está a suíça Irina Luetzelschwab, a 19m17s923ms, e a brasileira Karen Olímpio é a terceira, com diferença de 34m28s770ms.

A etapa
O sol deu o ar da graça para ajudar a ‘secar a pista’. O vento também ajudou a espalhar um pouco as nuvens e a temperatura aumentou nesta 3ª etapa da Brasil Ride. A briga pela primeira posição está acirrada na elite masculina, e a prova de hoje, na região da Cajuita, teve que ser remodelada – pois o terreno super encharcado e enlameado trazia riscos aos participantes. Portanto a organização decidiu por manter a segurança dos ciclistas.

Na reunião de alinhamento realizada no jantar de premiação do dia 21 e repassada nesta manhã, o diretor de provas da Brasil Ride, Rafael Campos, informou como seria a prova dessa 3ª etapa, escolhendo um trajeto que tivesse dificuldades, porém seguro.

A prova contou com duas largadas: uma às 8h30 e outra às 11h30 e um percurso de 68 km e 1.660 m de altimetria acumulada, passando duas vezes pelo pórtico da largada no acampamento. “Teve bastante lama, trechos de asfalto, pontes, erosão. Como uma espécie de cross country, os ciclistas tiveram o percurso em duas voltas próxima a arena e a cronometragem eletrônica e os pontos de controle fizeram parte do caminho, mas a contagem dessas voltas ficou por conta de cada participante”, comentou.

Na etapa anterior, muitos atletas sofreram para se manter na disputa. Mas, dos 500 inscritos, apenas 7 tiveram que deixar a competição por terem ultrapassado o tempo-limite regulamentar. O fundador da Brasil Ride, Mario Roma, explicou que, para esses atletas, e os que abandonam a competição por quebra mecânica ou simplesmente por cansaço, a organização tem o ‘Ônibus Vassoura’, que recolhe quem fica para trás.

“Assim conseguimos trazer os atletas com segurança até a linha de chegada. Mas este é apenas um dos serviços motorizados que temos. Ao todo, a Brasil Ride conta com cerca de 80 veículos de apoio que ficam no percurso: são as ambulâncias, os moto batedores, as motos dos paramédicos, motos de mídia, carros de mídia, May-Day’s, os carros da hidratação, os carros-madrinha – as caminhonetes Mitsubishi –, tratores e os caminhões que levam toda a estrutura. É uma grande frota.”

ETAPA 3
SOLO ELITE MASCULINO

1 Martin Vidaurre Chile 02:31:41.313 00:00:00.000
2 Gustavo Xavier Pereira Brasil 02:33:52.543 00:02:11.230
3 Hans Becking Holanda 02:33:53.033 00:02:11.720

SOLO ELITE FEMININO
1 Tessa Kortekaas Holanda 03:02:26.783 00:00:00.000
2 Karen Olímpio Brasil 03:04:15.770 00:01:48.987
3 Irina Luetzelschwab Suíça 03:07:37.203 00:05:10.420

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