A Seleção Nacional de Estrada tem um duplo compromisso internacional nos próximos dias. Os juniores competem, sábado e domingo, em França, no Troféu Centre Morbihan, prova da Taça das Nações. Os sub-23 competem, entre 24 e 28 de maio, no GP das Nações, prova que decorre em três países, Hungria, Eslováquia e Polónia, e que é pontuável para a Taça das Nações desta categoria etária.
Estão convocados seis corredores em cada uma das categorias. Os escolhidos por José Poeira para a prova de juniores são Daniel Moreira (Tensai/Santa Marta/Sambiental), Gabriel Baptista (Landeiro/KTM/Matias & Araújo/Frulact), José Moreira (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel), Manuel Marques (ABTF Betão/Bairrada), Tiago Santos (Alcobaça CC/Crédito Agrícola) e Tiago Silva (Almodôvar/Formação Team SCAV).
A convocatória de sub-23 inclui Afonso Eulálio (ABTF Betão-Feirense), António Morgado e Gonçalo Tavares (Hagens Berman Axeon), Diogo Gonçalves (Santa Maria da Feira/Segmento D’Época/Reol), José Bicho (AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense) e Pedro Silva (Glassdrive-Q8-Anicolor).
A prova de juniores disputa-se em três etapas. Começa no sábado com 128,9 quilómetros, com início e final em Grand-Champ. Domingo é jornada dupla. De manhã corre-se um contrarrelógio individual de 7 quilómetros, entre Réguiny e Evellys. De tarde disputa-se uma etapa de 115,6 quilómetros, com início em Lizio e final em Locminé.
As etapas em linha são marcadas por uma grande sucessão de subidas curtas, algumas com elevadas percentagens de inclinação. A prova disputa-se numa região e em zonas onde o vento costuma marcar presença, fazendo da boa colocação uma necessidade imperiosa. O contrarrelógio individual permitirá marcar também algumas diferenças.
O GP das Nações é uma prova desenhada para trepadores, sobretudo nas primeiras três etapas. A corrida arranca com duas etapas na Hungria, seguindo-se uma tirada na Eslováquia e fechando com duas jornadas na Polónia.
Tudo começa, dia 24, com uma ligação de 132 quilómetros, entre Kaposvár e Balatonfoldvar, que apresenta uma sucessão de subidas curtas na segunda metade da viagem e chegada numa rampa muito acentuada.
A segunda etapa tem 152 quilómetros, começando em Hatvan e terminando em Bükkszentkereszt. É uma tirada em carrossel, com três subidas longas, a última a terminar bem perto da chegada.
Ao terceiro dia o pelotão irá pedalar na Eslováquia, ao longo de 124 quilómetros, entre Levoca e Strbske Pleso. Será uma chegada em montanha, acima dos 1300 metros de altitude, no topo de uma subida extensa.
Os dias finais serão passados na Polónia. A quarta etapa, com 129 quilómetros, arranca de Bukovina Resort e termina em Nowy Sacz. É mais uma etapa em carrossel, mas sem final em alto. A última etapa, com 145 quilómetros, parte de Sanok para finalizar em Arlamów. Numa jornada de permanente sobe e desce, a meta está colocada em subida.
“Será a primeira experiência internacional da maioria dos juniores e acontece num contexto de novidade. Ou seja, na primeira época em que deixa de haver limitação de andamentos para os juniores. Será uma prova importante para a conquista de experiência dos nossos corredores neste contexto, mas obviamente que temos a ambição de conseguir o melhor resultado possível”, afirma o selecionador nacional.
Quanto aos sub-23, José Poeira assinala que este “é o início do ciclo em sub-23 de uma geração que já deu mostras de qualidade mundial em juniores. Com este grupo de corredores e no percurso que esta prova apresenta, acredito que podemos estar na discussão da corrida, algo importante para somarmos os pontos que nos permitam a qualificação para a Volta a França do Futuro”.
Para assegurar a participação na corrida francesa, Portugal terá de posicionar-se no top 15 da Taça das Nações 60 dias antes da prova, ou seja, no ranking do dia 20 de junho.